Os tipos mais graves de crimes contra a dignidade sexual tiveram redução nos dois primeiros meses de 2016 no Estado. O número de registros de estupros de vulneráveis consumados foi de 373, contra 376 no mesmo período de 2015 (-0,80%). Em 2015, Minas Gerais registrou uma queda 2,79% nas ocorrências desse tipo de crime. No primeiro bimestre, os casos de estupro de vulnerável tentado caíram de forma mais acentuada: 28 contra 43 (-34,88%).


O número de registros de estupros consumados teve um recuo de 5,65% na comparação bimestral, expresso por 217 casos em 2016, contra 230 em 2015. Já os estupros tentados somaram 52 ocorrências em janeiro e fevereiro de 2016, - 22,53% do que os 68 do primeiro bimestre de 2015. Em 2015, os estupros consumados caíram 7,29% em relação a 2014. Já os tentados tiveram redução de 11,76%.


Em Belo Horizonte, o crime de estupro de vulnerável consumado teve 7 casos a mais do que no primeiro bimestre de 2015: 49 contra 42 (+16,67%). Já os estupros de vulneráveis tentados ficaram estáveis, 4 a 4. Os estupros consumados, por sua vez, tiveram queda expressiva, de -36%, com 32 registros no primeiro bimestre de 2016, frente a 50 ocorrências de janeiro a fevereiro de 2015.


Belo Horizonte vem de uma queda expressiva no número de estupros de vulneráveis consumados na comparação entre os anos completos de 2015 e de 2014: -17,14%, resultantes de 261 casos contra 315. Já os estupros consumados tiveram alta de 3,75%, na mesma base de comparação, indo de 240 para 249.


Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, incluindo os registros da capital, o número de registros de estupro de vulnerável consumado cresceu 5,56%, de 108, no primeiro bimestre de 2015, para 114, nos dois primeiros meses de 2016. Já os estupros de vulneráveis tentados caíram 31,25%, de 16 para 11. Os estupros consumados tiveram redução de 19,78%, de 91 casos para 73. Os estupros tentados somaram 18 ocorrências, contra 28 no primeiro bimestre de 2015, o que representou baixa de 35,71%.

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Avaliação
Para a Polícia Militar, os trabalhos da Patrulha de Violência Doméstica têm contribuído para a queda dos crimes contra a dignidade social. Esse grupo trabalha na primeira resposta aos crimes da Lei Maria da Penha, ajudando ainda na assistência às vítimas. De acordo com o chefe da Sala de Imprensa, Capitão Flávio Santiago, além do atendimento da ocorrência, os policiais prestam informações sobre a Lei Maria da Penha e acompanham vítima e agressor no Programa de Prevenção à Violência Doméstica, como uma forma de evitar a reincidência de tal crime. “A família será acompanhada de perto com o objetivo de promover uma verdadeira transformação da relação, até então, violenta”.


Já a Polícia Civil, acredita que o aumento das denúncias tem contribuído para a redução dos crimes contra a dignidade sexual. "A consciência cada vez maior da sociedade para a importância da denúncia, seja por telefone, ou nas delegacias, é um motivo preponderante para a identificação e responsabilização dos autores deste tipo de crime e, consequentemente, para a redução dos casos de estupro.”